
MANUEL JOSÉ MAGALHÃES
Numa altura em que se comemora os 100 anos do Hospital de Fão, é justo lembrar alguns nomes que estiveram ligados á sua construção, como é o caso do Manuel Magalhães, que foi homenageado pelos fangueiros com a atribuição do nome de um largo e uma travessa.
Numa altura em que se comemora os 100 anos do Hospital de Fão, é justo lembrar alguns nomes que estiveram ligados á sua construção, como é o caso do Manuel Magalhães, que foi homenageado pelos fangueiros com a atribuição do nome de um largo e uma travessa.
Descendente de uma das famílias mais ilustres de Fão, Manuel José Magalhães foi um fangueiro que viveu entre a última metade do século XIX e os princípios do século XX.
Sabe-se que foi um dos grandes entusiastas para levar a efeito algumas das obras mais relevantes de Fão, fazendo parte das diversas comissões e direcções das principais instituições da terra.
Com outros homens de “peso” da terra esteve envolvido na construção da Alameda do Bom Jesus em 1887, fazendo parte de uma comissão em que constava o Prior Gonçalo Viana, Dr. Augusto Moreira Pinto, José Lopes Cardoso e Francisco Fernandes Gaifém, também eles envolvidos na construção do Hospital, diligências para a construção da ponte metálica e ainda a construção da estrada do mar, isto com outros nomes como o Padre Chaves, António Veiga, Cardoso Viana, Vila Chã dos Reis, entre outros. Por altura da construção do Cemitério Paroquial em 1882, era membro da Junta, pelo que teve também um papel importante nesta obra. Foi mesmo o Fiscal do Cemitério durante os primeiros 15 anos, até 1897.
Foi sócio fundador e membro da primeira direcção do Clube Fãozense, em 1900, na qualidade de Secretário, que tinha como presidente o Dr. Moreira Pinto e tesoureiro o Manuel Gomes Penetra. Foi também mesário da Irmandade do Bom Jesus, tendo estado ligado a importantes obras de restauro do Templo, fez importantes doações e foi um dos responsáveis pelo primeiro arranjo da Alameda em 1923.
Faleceu ainda no primeiro quarto do século passado e pela sua dedicação e serviços prestados á terra foi reconhecido, quando lhe foi atribuído o nome do largo, também conhecido ainda hoje pelo “Largo do Fontes”, era presidente da Junta à altura do Professor José Pio Rodrigues. Este largo que actualmente parece mais um pequeno parque automóvel, raramente atravessado por alguns transeuntes, foi no passado um dos locais mais movimentados de Fão, com vários estabelecimentos comerciais, destacando-se a "Padaria do Fontes", que lhe veio a dar o nome popularmente conhecido.
Homens como Manuel José Magalhães, merecem sempre ser recordados e louvados, pois ajudaram a que Fão fosse uma terra melhor e esperemos não sejam esquecidos, como outros o foram com obras de igual relevância.