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"Country Bar"

Situado na rua de S. João, ao fundo da conhecida por “descida da Pã-Pã”, o “Country Bar” leva já cerca de 20 anos de porta aberta, 10 deles gerido pelo José Manuel Morgado, um fangueiro de 38 anos, seu actual proprietário. Um bar com uma decoração original para estes lados, lembrando-nos o antigo “west” americano, assim como outros pormenores decorativos que lembram outras épocas e pormenores típicos dos Estados Unidos, bem perpetuados na 7ª arte.

Vizinhança complicou

José Manuel tomou conta da casa num período mais parado, depois do sucesso inicial, que teve com os seus dois jovens fundadores, mas confessa que no início não foi fácil, principalmente devido aos problemas com os vizinhos, que nessa altura sem mais nem menos estavam sempre a fazer queixa. O negócio até começou a correr bem e este problema com a vizinhança, com o tempo também foi acalmando.
“Claro que aqui nunca deveria ter sido feito um bar, pois não é uma situação vantajosa, numa rua estreita, sem estacionamento e entre pequenas casas de habitação e agora as ruínas, que tornam o sítio pouco atractivo, isto para além da pouca visibilidade, para quem não conhece a casa.” Desabafou o Zé Manel.

Crise e lei do tabaco também prejudicou

O negócio parece ter regredido, muito pela crise que vai assolando e mais bares que abriram em Fão, alguns deles com esplanada, aumentaram consideravelmente a oferta e a própria lei de proibição do tabaco, já que a grande maioria dos nossos clientes são fumadores. Nos primeiros anos o negócio foi bom, mas ultimamente tem regredido muito.
A maior parte dos seus clientes são de Fão e ainda das vizinhas cidades da Póvoa de Varzim e Barcelos. O horário de abertura é entre as 13h00 e as 2h00 e os melhores dias são ao fim-de-semana, sendo as principais atracções o futebol, que transmite no plasma gigante, o bilhar, as setas, a música e a internet sem fios. Também tem um computador com acesso a internet por apenas 2 euros a hora (com oferta de mais 30 minutos), que é muito usado por vendedores e outros comerciantes de passagem, para lerem ou mandarem seus mails.

Das poucas casas no concelho que paga todos os impostos

As bebidas mais consumidas são a cerveja, o vinho do Porto e as bebidas espirituosas, mas o “traçadinho”, é a bebida típica da casa, que é uma mistura de brandy com aniz. Aliás o negócio assenta essencialmente nas bebidas, com alguns pequenos snacks de complemento, mas actualmente é pouco considerável. As principais festas temáticas no “Country” são o S. João, o Carnaval e a Passagem do Ano.
Em termos de segurança segundo o Zé Manel nunca teve problemas, até porque tenta cumprir todas as normas, desde a proibição do tabaco, horas de encerramento e pagamento de todas as taxas, incluindo a de Direitos de Autor, que poucas casas, mesmo de maiores dimensões o fazem. ”Apesar de alguma conotação que as pessoas davam no início, aqui nunca tivemos nem consentimos a entrada de quaisquer substâncias proibidas. “ Refere ainda o Zé Manel.

Mais iniciativas para Fão e corte do trânsito ajudavam

O “Country” entrou nalgumas parcerias interessantes como foi o “Rali das Tascas” e recentemente o Encontro Gastronómico do Assobio, com incentivo ao consumo de cogumelos. No entanto, o Zé Manel considera ser imperativo mais actividades concertadas em Fão, para tentar revitalizar o centro que está um pouco moribundo, o que logicamente afecta as casas nele inseridas como é o “Country Bar”.

Também é sua convicção que o corte do trânsito na maioria das ruas do centro urbano de Fão, seria benéfico para todos, para as pessoas andarem mais a pé, não haver tanta poluição e conhecerem melhor os nossos espaços.
O José Manuel Morgado, que antes deste negócio também alicerçou alguma experiência em várias casas ligadas à hotelaria, restauração e animação no concelho, tem como um dos seus sonhos poder ampliar o bar e se pudesse comprar a casa vizinha que se encontra em ruínas, aí poderia abrir uma galeria de arte, onde pudesse expor com a dignidade que merecem os trabalhos de artesanato de seu pai Manuel Morgado.
A humidade que vai afectando a casa é um dos seus principais problemas, numa casa onde a renda não é muito cara, mas cuja rentabilização se torna cada vez mais difícil. O certo é que o “Country” mantém características distintas que consegue fidelizar muitos clientes, conseguindo que eles se sintam bem, num espaço todo ele romântico e nostálgico, onde mesmo os menos jovens se sentem rejuvenescer.


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Jose Belo
josebelo2000@sapo.pt

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